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  • Foto do escritorPitacos

Confira o que aconteceu nessa sexta-feira (11) no 15º Congresso da Abraji

Atualizado: 15 de out. de 2020

Juliana Castro, Ruth Scheffler, Alan Souza, Bernardo Bruno, Lianne Henriques, Luana Brandão, Raquel de Jesus, Caroline Simões, Lívia Vardasca e Luana Reis


Começou antes de ontem, em um novo formato, o 15° Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo da Abraji. Dividido em dois dias, sexta-feira (11) e sábado (12), o evento conta com a presença de diversos convidados e é composto de atividades como palestras, minicursos e debates. Este ano, por conta da pandemia, a programação passou a ser virtual e totalmente gratuita. Marcelo Träsel, presidente da Abraji, apresentou os temas abordados nesta décima-quinta edição num vídeo de boas vindas. Aquecimento global, questões étnico-raciais, polarização política, questões de gênero e economia deram o tom do maior congresso de jornalismo do Brasil. Os conteúdos estarão disponíveis na plataforma do evento durante os próximos 30 dias. Confira o que aconteceu no primeiro dia do Congresso.


(Imagem: Reprodução)


  • A indústria das fake news

Na live transmitida às 10h do primeiro dia, o editor canadense do Buzzfeed News Craig Silverman mostrou os bastidores de uma reportagem que escreveu sobre a ZestAds, que continuava anunciando com informações falsas as máscaras que vendia, mesmo estando banida do Facebook. Foi uma verdadeira aula, com exemplos reais, de como muitas pessoas são influenciadas por esse tipo de conteúdo. Trouxe, até mesmo, recursos de verificação de notícias, disponibilizados aos ouvintes, para fomentar o cenário de combate à desinformação com jornalismo de qualidade.

  • Abraji entrevista: Alexandre de Moraes (Ministro do STF) e Natuza Nery (GloboNews)

Natuza Nery, jornalista da GloboNews, entrevistou Alexandre de Moraes, ministro do STF. Os principais tópicos abordados, como censura, fake news, e ameaças à democracia, são de grande relevância tanto para novatos quanto para veteranos no jornalismo, uma vez que se referem à garantia da veiculação de notícias por meios seguros. “Não existe liberdade de imprensa e de expressão com jornalistas amedrontados, coagidos”, Alexandre destacou.

  • Bate-papo entre Flávia Oliveira, Isabela Reis e Adriana Barsotti no Instagram da Abraji

No início da tarde, aconteceu no Instagram da Abraji (@abraji_) uma live com Isabela Reis e Flávia Oliveira, apresentadoras do podcast Angu de Grilo. O bate-papo muito bem humorado foi conduzido por Adriana Barsotti, integrante do Projeto #Colabora. Flávia e Isabela são, respectivamente, mãe e filha e há pouco mais de um ano dividem o microfone no podcast. A entrevista começou abordando a origem do nome “Angu de Grilo”, uma expressão muito utilizada pela falecida mãe de Flávia e que significa mistura/confusão. O título não poderia ser mais certeiro na representação de tudo que o programa busca passar aos ouvintes: diversidade e memória.


Estes, inclusive, foram os temas centrais nos quase 60 minutos de bate-papo. Isabela e Flávia são figuras de referência para muitas mulheres negras que, infelizmente, não se sentem representadas por um jornalismo em que homens brancos ocupam a maioria dos cargos de chefia. “Não está certo pensar diversidade nos meios de comunicação somente pela ótica de contratação de profissionais negros, porque ser negro não significa que você é antirracista. [..] O fundamental é você introduzir esses princípios de diversidade escolhendo pessoas negras para ocupar não apenas os postos de trabalho na redação, mas os postos de opinião”, comentou Flávia. Isabela, por sua vez, trouxe ainda a questão da idade: “Pessoas de 20 e poucos anos não se identificam com o jornalismo feito por pessoas de meia idade”.


A conversa abordou tópicos necessários, como a falta de remuneração dos podcasters, desigualdades no meio jornalístico, questões de gênero e de raça. A live está disponível no IGTV da @abraji_.

  • Desafios da cobertura do jornalística durante a Covid-19

No painel, Vinicius Ferreira, que trabalha no Serviço de Jornalismo e Comunicação da Fiocruz, fez um meio de campo - conforme ele mesmo descreveu - acessível entre os discursos e científico com a presença de Miguel Nicolelis (neurocientista e coordenador do comitê científico de combate ao coronavírus) e da Roberta Jansen (repórter do jornal O Estado de S. Paulo).


A jornalista destacou que o maior desafio do jornalismo científico é peneirar as informações que devem ser publicadas e o fato desta ser a primeira pandemia da época da hiperconectividade. A conversa deixou reflexões importantes sobre a profissão e mostrou o quanto é necessário conciliar a verdade da ciência e a transparência da reportagem.

  • Terras indígenas no centro das investigações jornalísticas

A mesa “Terra indígena no centro das investigações” mediada pela jornalista Ana Aranha (Repórter Brasil) e com os palestrantes Letícia Leite (podcast Copiô, parente/ISA) e Fabio Pontes (repórter freelancer do Acre), foi uma das de abertura para essa tarde de sexta (11). Os três jornalistas discutiram e as informações necessárias para que se possa fazer uma cobertura sobre terras ou povos indígenas de maneira responsável, respeitosa e de qualidade. “É um erro comum entrevistar indígenas apenas como personagens. Eles são autoridades do início ao fim” pontua Ana Aranha.


Letícia Leite, apresentadora do podcast Copiô, parente, abordou a importância do Whatsapp para informar as comunidades indígenas sobre as notícias relacionadas a pandemia, principalmente através de grupos no aplicativo administrados por jornalistas do ISA (ONG na qual a jornalista atua). Também apresentou um panorama geral do “apagão de dados” que acontece hoje com os dados referentes à essa população. O jornalista Fabio Pontes, que realiza cobertura de terras indígenas na área do Acre, trouxe com slides o necessário a se saber para que seja feita uma boa cobertura da questão indígena. Tanto percepções suas através dos anos de experiência quanto dicas para iniciantes e interessados nessa pauta.

  • Reportagem da BBC abre discussão sobre uso do registro digital dos celulares como ferramenta de apuração e investigação

Aliaume Leroy, editor do Africa Eye, foi entrevistado por Daiene Mendes (Favela em Pauta/Internacional Witness.org) e Juca Guimarães (Alma Preta) em palestra que descreve os bastidores de uma reportagem da BBC pela visão de Aliaume, líder do processo investigativo.


A investigação denominada Anatomy of a Killing começa a partir de um vídeo viral na internet sem contexto ou identificação, em que ocorre a brutal execução de duas mulheres e duas crianças por um grupo de soldados. A partir da popularização dessa filmagem, criam-se teorias de que o local onde o vídeo foi filmado fosse o país africano Camarões, mas rapidamente as autoridades negaram essas teorias, afirmando que eram fake news sem base factual sólida.


No entanto, o caminho encontrado pelo jornalista francês e pela BBC para descobrir a localização geográfica foi possível graças aos registros audiovisuais em conjunto com ferramentas online de geolocalização, como o Google Earth. Leroy e sua equipe se utilizaram de aspectos como as cadeias montanhosas no plano de fundo, vegetação local, inclinação da sombra dos soldados e construções visíveis para comparar com as imagens de satélite e é incrível acompanhar o processo de investigação tecnológica.


Apesar do crime e do horror do caso, pelo menos a equipe do Africa Eye conseguiu determinar a localização e data aproximada desse crime brutal no norte de Camarões, o que culminou na prisão e identificação dos sete extremistas pertencentes ao grupo terrorista Boko Haram.


Link para a reportagem original da BBC : https://youtu.be/4G9S-eoLgX4

  • Bastidores de reportagem: Mapeando as milícias

Um dos painéis temáticos teve como participantes jornalistas que se dedicaram a escrever sobre a atuação das milícias na região metropolitana do Rio de Janeiro. Henrique Coelho expôs a reportagem produzida em parceria com seus colegas do G1, “Franquias do Crime”, enquanto Lola Ferreira e Igor Mello apresentaram “A mão invisível da milícia”, publicada no UOL. A troca de experiências na live é apenas mais um exemplo de que em temas complexos como essas organizações criminosas, o jornalismo se faz essencial na investigação e elucidação dos fatos para a sociedade. E talvez essas sejam essas as grandes lições que os participantes dão a futuros profissionais.

  • Bastidores de reportagem: Usando a LAI para investigar funcionários fantasmas

Com mediação de Ciara Carvalho, editora executiva do Jornal do Commercio, as repórteres do jornal O Globo e da Revista Época, Juliana Dal Piva e Juliana Castro, participaram do painel mesa “Usando a Lei de Acesso à Informação (LAI) para investigar funcionários fantasmas”. Durante o bate-papo, elas contaram os bastidores da produção da reportagem “Em 28 anos, clã Bolsonaro nomeou 102 pessoas com laços familiares”, elaborada em conjunto a outros cinco jornalistas, que recebeu o Prêmio Relatoría para la Libertad de Expresión (RELE) da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA.


As jornalistas relataram as diversas etapas da construção do trabalho, desde o requerimento de documentos e a sistematização das informações coletadas, à fase da reportagem de rua. Elas comentaram o uso da LAI como fundamental para a matéria. A discussão evidenciou os desdobramentos feitos para criar uma reportagem que revelou o nepotismo e os casos de funcionários fantasmas nos gabinetes da família Bolsonaro entre 1991 e 2019 e impulsionou investigações no Ministério Público. A mesa redonda virtual possibilitou o conhecimento de todo o trabalho árduo por trás da publicação de uma reportagem e reforçou o fato de que o jornalismo de dados é essencial para o fortalecimento da profissão e da democracia.

  • Iniciativas que investigam a morte de jornalistas

Marcelo Beraba, ex-presidente e um dos fundadores da Abraji comandou a reunião sobre um tema revoltante: o aumento do número de jornalistas mortos ao fazer seu trabalho investigativo. Ele apresentou dois projetos: Forbidden Stories e Programa Tim Lopes, que trabalham na investigação – e na luta – contra a morte de jornalistas. Para os assassinos e mandantes, ele deixou um recado: “Vocês não podem interromper, acabar ou supor que podem acabar com uma história/investigação matando um jornalista. Nós vamos continuar investigando.”


Laurent Richard (Forbidden Stories) ressaltou a importância de manter os jornalistas protegidos e enfatizou: “Se você tenta matar o mensageiro, nunca irá matar a mensagem”. O francês . Angelina Nunes (Programa Tim Lopes), disse que, se o Programa não investigasse determinados casos, as autoridades não dariam celeridade a tais processos. O debate ressaltou a importância de proteger a liberdade de expressão e a vida dos jornalistas.

  • Como manter a credibilidade jornalística em tempos de desinformação?

Em uma mesa redonda virtual conduzida pelo Daniel Bramatti, que já foi presidente da Abraji e hoje atua como editor do Estadão Verifica, Sally Lehrman e Paulo Talarico abordaram a importância dos veículos de imprensa construírem uma boa relação com o público, um tema cada vez mais relevante na era da desinformação e dos ataques ao jornalismo.


Sally Lehrman é fundadora e diretora geral do The Trust Project, um consórcio internacional de veículos de imprensa dedicado a promover maior transparência no jornalismo. No Brasil, a iniciativa é representada pelo Projeto de Credibilidade. Paulo Talarico é co-fundador da Agência Mural de Jornalismo das Periferias, um veículo que integra o Projeto Credibilidade desde 2019 e que surgiu em 2010 a partir da necessidade de noticiar o que acontece nas periferias, uma vez que as mídias tradicionais muitas vezes apresentavam uma visão preconceituosa em suas reportagens.


Ao falarmos nas dificuldades que o jornalismo enfrenta atualmente, a irracionalidade de extremistas é o primeiro tema a vir a cheque. Um absurdo. Mas Lehrman e Talarico deram uma nova cara ao debate ao trazer o foco para os veículos de imprensa, que também cometem erros. Eles apontaram como a relação com o público poderia melhorar.


A palavra chave do bate-papo foi transparência. Mostrar quem está por trás das redações e a importância de seu trabalho. Oferecer diversidade. Rever o enquadramento de algumas notícias que podem gerar uma visão preconceituosa e, assim, afastar leitores. É preciso prezar pela confiabilidade para gerar lealdade por parte das pessoas, disseram. “A credibilidade vem quando você mostra que faz um trabalho sério”, destacou Paulo.

  • Minicurso: Cobertura crítica de investigações criminais

Em um dos minicursos ofertados na décima-quinta edição do Congresso da Abraji, o debate foi pautado na relação entre o jornalismo e as investigações criminais. O palestrante Fausto Salvadori, do Ponte Jornalismo, evidenciou a enorme falha existente nas condenações brasileiras, que se iniciam nas ruas, com o aprisionamento, e atingem, majoritariamente, a população preta e pobre. Ao citar casos de inocentes presos por conta da sua raça ou classe social, acrescentou ainda que há uma cumplicidade, por parte das instituições, para manter esses sucessivos “enganos”. Cecília Olliveira, colunista do Intercept Brasil, ressaltou que o sistema é frágil e evidenciou a importância de uma reportagem analítica, em que a história seja contada de forma cadenciada e com o peso correto das informações. Muitas vezes, por causa de uma notícia mal formulada, o suspeito pode ser visto como condenado antes mesmo de passar por uma ação penal.


A repórter Carolina Brígido, do jornal O Globo, contou como é acompanhar as investigações do Supremo e por que muitos inquéritos quando são enviados para instâncias inferiores, por perda de foro privilegiado, por exemplo, deixam de ter valor para a imprensa e são esquecidos, enquanto os casos das Cortes Superiores têm maior relevância para os jornais e são mais noticiados. Foi possível compreender o papel de um bom jornalista que prioriza uma cobertura detalhada, apurada e crítica.

  • Minicurso: Como cobrir escola, pandemia e Bolsonaro

A Jeduca (Associação de Jornalistas de Educação) é “uma associação criada por jornalistas que cobrem educação, para apoiar colegas que trabalham com o tema”, conforme o próprio website da associação descreve. Esse grupo, fundamental na criação de uma frente de resistência contra os constantes ataques ao ensino público pelo atual presidente, é o elemento comum que une os três convidados pela Abraji para falar sobre o tema.


Cada um atua em uma esfera específica do jornalismo de educação, seja em escolas locais ou até mesmo entrevistando frequentemente o ministro da educação. No entanto, cada ponto de vista é valorizado e os comentários de Paulo Saldaña (Folha de S. Paulo), Thais Borges (Correio/BA) e Renata Cafardo (Estadão/Jeduca) se complementam, tornando o debate muito rico. E apesar do claro direcionamento da palestra aos jornalistas que já trabalham ou querem trabalhar na área da educação (trazendo dicas de apuração, pautas e texto, além dos termos atualizados), a experiência apresenta discussões essenciais até mesmo para qualquer cidadão que queira se informar mais sobre o ensino nesse momento tão crítico.

  • Minicurso: Como usar ferramentas de investigação para monitorar a Amazônia

O painel “Como usar ferramentas de investigação para monitorar a Amazônia” contou com a mediação de Daniel Camargos, jornalista na Repórter Brasil e integrante da atual diretoria da Abraji, e a participação de Hyury Potter, repórter freelancer, e de Juliana Mori, co-fundadora e diretora de conteúdo da InfoAmazônia.

Os jornalistas revelaram como desenvolveram o Projeto Amazônia Minada, idealizado por Potter, que expõe as empresas e as autoridades responsáveis por explorar as reservas minerais das unidades de conservação integral da floresta. Eles mostraram a apuração dos dados e a criação de um recurso inovador: um mapa interativo e um robô que avisa, por meio de um tweet, quando um novo pedido de mineração em tais áreas é protocolado.


A mesa redonda virtual proporcionou um panorama sobre o geojornalismo e a discussão sobre um projeto necessário em tempos de destruição ambiental desenfreada. É um debate importante e interessante para quem deseja conhecer um pouco mais sobre uma iniciativa que defende a proteção da maior floresta tropical do mundo.

  • Você sabe o que é o Jornalismo de Soluções?

Priscila Pacheco, repórter do Aos Fatos, explicou o que não é o jornalismo de soluções, ou jornalismo construtivo: “Não é um modismo, não é um jornalismo de notícias positivas e nem de relações públicas”. Ao contrário, o jornalismo construtivo é um tipo que não se limita a denunciar os problemas, ele vai além e mostra opções, exemplos e alternativas ao público.


Durante a apresentação, algumas dicas foram apresentadas: por exemplo, começar pequeno. Pautas sobre a ineficiência de transporte público na sua cidade, ou uma parte da rodovia onde acontecem muitos acidentes, ou seja, problemas pontuais, são perfeitos para iniciar a prática do jornalismo de soluções. Tentar resolver problemas mais complexos, como a desigualdade social brasileira, ou como acabar com a corrupção, podem não ser uma boa alternativa para esse início.


Na prática, apesar do jornalismo construtivo ser uma prática necessária para manter o público engajado e ativo diante os acontecimentos, ele não pode ser aplicado a qualquer tipo de notícia. Esse método não combina, por exemplo, com notícias urgentes, pois o processo envolvido na produção de reportagens desse tipo leva tempo. Porém, notícias de última hora podem servir de gancho para uma reportagem mais detalhada.

  • Ataques virtuais contra mulheres jornalistas na América Latina

O debate sobre ataques virtuais contra mulheres jornalistas na América Latina contou com a presença de quatro jornalistas consagradas e foi mediado por Sandra Chaher, da associação Comunicación para la Igualdad. Logo no início, Chaher definiu violência digital como sendo qualquer ato de violência que se comete ou se agrava pelo uso da Tecnologia da Informação e Comunicação. A jornalista também destacou que a violência de gênero existe há muito tempo, mas hoje com as redes sociais, esse tipo de violência estrutural vem se repetindo no espaço virtual.


A primeira apresentação a foi feita por Lina Cuellar, da Colômbia. Foram expostas as diferenças entre a violência digital sofrida por mulheres e homens no ambiente digital, bem como suas respectivas reações, a origem e o tipo de atacantes, além das práticas de segurança digital. Em seguida, Gabriela Buada, jornalista, defensora de direitos humanos e professora na Universidade Santa Maria, abordou o contexto de vulnerabilidade das jornalistas na Venezuela, sobretudo nos dois últimos anos, relatando o ambiente de medo e ameaças. Já Isabel Mercado, diretora da Pagina Siete, contou sobre a estigmatização de jornalistas, obstrução de acesso a fontes públicas, asfixia econômica, ou seja, boicote econômico a meios que não apoiavam o governo na Bolívia, onde a violência contra as mulheres é tida como marca. As falas de todas as palestrantes demonstram que ainda há grandes desafios a serem enfrentados no combate a violência de gênero.


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