Felipe Braz, Guilherme Faria e Pedro Guevara
Primeiro entrevistado da nova temporada do EcoCast, o jornalista Alex Escobar falou sobre sua experiência no jornalismo esportivo e contou curiosidades de sua trajetória. Ele começou de uma forma incomum: trabalhava como comissário de bordo quando surgiu a oportunidade de integrar a equipe de um programa de rádio. Foi seu início na área da comunicação.
Imagem: Reprodução - Globo Esporte
Na Globo, onde chegou em 2008, já trabalhou como apresentador de quadros e programas esportivos, comentarista e até mesmo narrador, experiência que começou em 2014, no jogo Flamengo x Bangu, na TV Globo. Depois de críticas feitas pelos telespectadores, Escobar deixou a função. Hoje, admite que faria de novo, mas de forma diferente, pois entende que ter começado como narrador na TV aberta foi um erro:
"Eu deveria ter começado no Sportv ou no Premiere, em jogos menores, para pegar um ritmo. Podia ter um planejamento para eu narrar na Globo, para as pessoas se acostumarem comigo."
Ele também considera o longo intervalo entre narrações como um problema, uma vez que os espectadores tinham a impressão de que ele atuava apenas como substituto eventual e não como narrador fixo do quadro da Globo. Apesar de, atualmente, brincar com seguidores e dizer que não narrava bem, Escobar não esconde a frustração por não ter seguido como narrador:
"Eu estava acostumado só a dar certo, então quando me chamaram para narrar eu falei: ‘eu vou voar nesse negócio aqui’."
Na entrevista, Escobar falou também sobre seu jeito de narrar, diferente do habitual, e afirmou que se tratava de uma proposta da direção de esportes da época:
"Não é que eu não sabia narrar, eu narrava diferente, propositalmente, inclusive. Era a proposta da direção na época. Uma ‘parada’ mais conversada, mais leve."
Citando a dupla Tiago Leifert e Casimiro, que transmite jogos pela plataforma de streaming Prime Video, Escobar acredita que hoje o formato já seria mais aceito pelo público. Ele também citou o exemplo da Copa do Mundo de 2014, em que seu trabalho foi elogiado pelo público.
"Na Copa do Mundo a repercussão foi muito boa e deu um impulso para eu narrar jogos grandes, clássicos. [Esse jeito de narrar] funciona muito quando o jogo não é do seu time."
No quadro “Bate e volta”, dentro do EcoCast, Escobar citou Silvio Luiz como sua maior inspiração para a narração. Admitiu não ter tido uma referência para a apresentação, assumindo ter sido algo que fluiu com naturalidade:
"Amo Galvão Bueno de paixão, mas como jamais conseguiria fazer igual a ele, minha inspiração era o Silvio Luiz. Eu achava o Silvio Luiz o máximo, e ele foi a minha inspiração para narrar. Desculpa, Silvio Luiz (risos)."
Atualmente, Escobar apresenta o Globo Esporte - RJ de segunda a sábado e o quadro dos Gols do Fantástico todo domingo. Além disso, anualmente comanda a transmissão dos desfiles do Grupo Especial do Carnaval Carioca, agora ao lado de Maju Coutinho. Para o futuro, Alex Escobar planeja seguir em sua posição profissional por pelo menos dez anos, mantendo a qualidade e a paixão pelo que faz.
O ECOcast é um projeto dos alunos do primeiro período de jornalismo na disciplina Laboratório I. Para mais informações sobre a carreira de Escobar, opiniões e histórias, ouça a entrevista completa aqui.
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