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  • Foto do escritorPitacos

O “Dinheiro em Jogo” busca entender como as finanças podem ser o “camisa 10” de um clube de futebol

Matheus Miró


Na contramão da esmagadora maioria dos podcasts envolvendo o futebol, o Dinheiro em Jogo trata de fatores tão importantes quanto a bola na rede, mas se mantém completamente afastado das quatro linhas. Apresentado pelo jornalista especializado em finanças, Rodrigo Capelo, e hospedado nas plataformas do Grupo Globo, o quadro desperta e incentiva os lados mais críticos do torcedor, que até então nunca havia se interessado tanto pelo departamento financeiro do clube.

(Imagem: Reprodução)


A criação do podcast parece ter sido um caminho natural do jornalista Rodrigo Capelo, que já tratava da área financeira dos clubes em suas reportagens escritas, com destaque absoluto para as análises dos balanços financeiros dos principais clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. A partir do sucesso absoluto das matérias, que “viralizaram” entre todas as torcidas envolvidas, abriu-se caminho para a confecção do podcast, que iniciou fazendo, basicamente, uma “análise da análise” dos balanços. Dele participam convidados especializados em finanças e setoristas dos clubes, que são separados, aproximadamente, em quatro por episódio.


Após a consolidação do sucesso do podcast, foi necessário apenas expandir todo o potencial que a área de finanças tem no mundo do futebol. Hoje, o programa vai muito além dos balanços e analisa todo e qualquer acontecimento que envolva o dinheiro dentro do futebol, como modelos financeiros de clubes estrangeiros, ações de marketing, o modelo de sócio-torcedor no Brasil, as finanças durante a pandemia do coronavírus, entre outras pautas que estejam em evidência na discussão popular e necessitem de explicações técnicas.


Pode-se dizer que o ponto alto do trabalho de Rodrigo Capelo na área financeira dos clubes foi a polêmica análise sobre as finanças do Cruzeiro em 2018. O jornalista já alertava a todos os torcedores cruzeirenses do eminente risco vivido pelo clube, que, ano a ano, aumentava drasticamente seu endividamento. Em um primeiro momento, Rodrigo Capelo foi massacrado pelos torcedores, que, vendo seu clube empilhar títulos e boas atuações, não era capaz de enxergar o que havia por trás de tudo isso. Mas, a “previsão” de Rodrigo se confirmou no ano de 2019, no qual o Cruzeiro acabou rebaixado para a segunda divisão e, atolado em dívidas, hoje se vê quase sem salvação.


O sucesso do Dinheiro em Jogo gerou algo quase inédito na relação clube-torcida: hoje, os adeptos são muito mais interessados na gestão financeira do clube, e passaram a cobrar e palpitar sobre como suas diretorias administram a instituição, fato que era pouco visto em anos anteriores. A tão aclamada responsabilidade fiscal parece ter entrado de vez em campo, e usando a camisa 10.


Gostou? Ouça o Dinheiro em Jogo no GE toda sexta-feira.


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