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Feminicídio: série especial aborda o crime de ódio no 5º país com mais mortes de mulheres no mundo

Nayara Estrela


O RJTV 1ª Edição, um programa da televisão aberta brasileira da Rede Globo, busca transmitir as notícias mais relevantes da cidade do Rio de Janeiro e prestar diversos serviços à população. Em uma série especial sobre feminicídio, apresentada pelas jornalistas Mariana Gross e Lilia Teles, histórias de mulheres que sobreviveram à violência e encontraram forças para recomeçar são contadas.


(FOTO: Reprodução/ Redes Sociais)


O feminicídio é o homicídio praticado contra a mulher em decorrência do fato de ela ser mulher, sendo, muitas vezes, o triste final de casos de violência doméstica. Por dia, três mulheres são assassinadas vítimas do feminicídio no Brasil. A cada dois segundos, uma mulher é agredida no país. Segundo as Nações Unidas, as motivações mais comuns envolvem sentimento de posse, desejo e autonomia, o controle sobre o seu corpo, limitação da sua emancipação ou a não superação do fim de um relacionamento. A série especial do programa RJTV 1ª Edição mostra acontecimentos reais do nosso dia a dia.


Apresentado pela jornalista Lilia Teles, é contado o caso da artesã Ely Areas Silva, que teve seu corpo todo perfurado pelo seu marido sem motivo algum. Hoje, seu ex-companheiro permanece em prisão preventiva, porém os traumas persistem com ela até hoje. Marcas no seu corpo e a falta de movimentos da mão esquerda são fatos que jamais irão ser esquecidos. Também é relatado o caso da aposentada Rosangela Maria de Sá, uma mulher que teve 65% do seu corpo queimado por gasolina pelo próprio marido. Ele foi indiciado a 26 anos de prisão, porém, como já cumpriu um terço de sua pena, hoje em dia, segue em liberdade. A aposentada sente medo e receio e dia após dia, sem saber se irá encontrar seu ex-cônjuge e se ele irá fazer algo contra ela de novo.


Quando o assunto é feminicídio, por mais que qualquer agressão seja cruel, em alguns casos, o agressor ultrapassa o limite da hostilidade e da desumanidade. Para ele, não basta matar a mulher, é preciso que antes ela sofra. A sociedade machista em que vivemos favorece as agressões violentas contra mulheres todos os dias. Além disso, fatores como etnia, classe social, violência no entorno e outros contextos sociais contribuem para a situação de vulnerabilidade social de uma mulher.


A produção do programa exerce um excelente papel de orientação a mulheres que não sabem como pedir ajuda para escapar da violência doméstica, por não terem o conhecimento sobre os mecanismos de proteção contra atos de feminicídio. Durante os episódios da série, são apresentadas variadas informações sobre redes de apoio como o “180”, uma central onde registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, e também, o Instituto Casa Viva Cora Coralina, um abrigo que faz atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica e proporciona a elas moradia, assistência social e ajuda para restabelecer sua vida.


A jornalista Lilia Teles recita seu poema “Lembranças”, em que é colocada, em palavras, a dor que muitas mulheres sentem todos os dias e mostrando que todas estão unidas em prol do nosso bem coletivo. São mãos que se juntam para garantir uma questão simples: fortalecer a mulher para que ela reconheça o direito de fazer o que quiser.


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