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Foto do escritorPitacos

Documentário “Isabella Nardoni”, apresentado por Leila Sterenberg, conta o caso que chocou o Brasil

Nayara Estrela


O Arquivo N, um programa exibido pelo canal por assinatura GloboNews, que busca levar o telespectador a uma viagem no tempo, fez um compilado de reportagens e entrevistas sobre o caso Isabella de Oliveira Nardoni que, em 2020, completa 12 anos. Ele se refere à morte de uma criança de apenas cinco anos de idade jogada do sexto andar do Edifício London, situado na zona norte paulistana. O acontecimento gerou uma enorme repercussão na imprensa e no Brasil como um todo, já que se tratava de um crime de homicídio doloso qualificado, cometido pelo pai, Alexandre Nardoni, e pela madrasta, Anna Carolina Jatobá.

(FOTO: Isabella Nardoni/ Reprodução/ Redes Sociais)


Isabella de Oliveira Nardoni nasceu no dia 18 de abril de 2002 em São Paulo e foi o fruto do casal Ana Carolina da Cunha de Oliveira e Alexandre Alves Nardoni. A gravidez não foi esperada e nem desejada, já que a Ana Carolina tinha apenas 17 anos e Alexandre tentava ingressar na faculdade de Direito, com o intuito de seguir a carreira na polícia federal. Na faculdade, conheceu Anna Carolina Jatobá e, já separado de Ana Carolina da Cunha, começou um relacionamento que gerou duas crianças. A relação do novo casal era baseada em brigas e desentendimentos e isso, de certa forma, refletia na menina.


No dia 29 de março de 2008, pouco depois da meia noite, Isabella foi declarada morta após ser arremessada do sexto andar de um edifício. Porém, sua morte deixou uma série de dúvidas e perguntas sem respostas.


Apresentado por Leila Sterenberg e com comentários do jornalista Valmir Salaro e da escritora e criminóloga Ilana Cadoy, o documentário, exibido no dia 28 de março de 2018, conta toda a história do caso que chocou o Brasil inteiro. Ele reúne reportagens transmitidas pelo programa “Fantástico” em 2008 e pelo telejornal “Jornal Nacional” em 2010, mostrando a barbaridade do acontecimento e o sofrimento da família após a morte brutal da menina. Nele, é mostrada toda a investigação da polícia e a tentativa de desvendar todas as incertezas, entre elas, a causa da morte da vítima.


No documentário são exibidas reportagens de 2008 e, em uma dessas, a jornalista Patrícia Poeta entrevista a mãe de Isabella, que nitidamente estava abalada. Ela acredita, assim como a polícia, que o casal é o real culpado da morte de sua filha, e afirma que havia muito ciúme da parte da madrasta com Isabella. O avô da menina, Antônio Nardoni, concedeu uma entrevista ao jornalista César Tralli, demonstrando muita tranquilidade e afirmou que seu filho e sua nora não tinham qualquer ligação com o acidente. O jornalista Valmir Salaro entrevista Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, ambos desesperados com o avanço da investigação e com medo da possível sentença.


O principal objetivo do documentário é apresentar com detalhes como ocorreu a morte. Os jornalistas tentam entender o que teria levado o casal a matar a própria filha/enteada de uma forma extremamente fria e calculada. Também é mostrado o sentimento de dor da mãe de Isabella, que perdeu completamente o rumo da vida após ver a própria filha estirada no chão na frente do apartamento do antigo marido.


Questionada sobre se a morte da filha foi superada, Ana Carolina conta que "a dor é menos dolorida, mas nunca será esquecida". E reafirma que segue considerando o que aconteceu como "cruel e inacreditável". Esse sentimento é passado para o telespectador, que se envolve e clama por justiça. Da morte de Isabella Nardoni até o dia da prisão do pai e da madrasta, foram 40 dias de tortura psicológica e de envolvimento por parte do público. Depois de dois anos, o julgamento começou e o júri declarou Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá os responsáveis pela morte da menina. Ambos tiveram mais de 20 anos de pena.


A morte da menina de apenas cinco anos de idade foi um dos episódios mais tristes que a mídia brasileira já noticiou. A dor e o sentimento de revolta são passados para o telespectador através das falas indignadas da jornalista Leila Sterenberg. Cada detalhe do documentário nos traz muita dor e sofrimento por tratar de um acidente de uma menina muito nova e que tinha um futuro certamente brilhante. O Arquivo N apresenta o crime bárbaro que desafia a compreensão do público de casa.


Disponível no Globo Play.


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